Um mundo em distopia
Vivemos uma espécie de distopia, uma inversão de valores que me causa estranheza e preocupação. A maior potência do planeta — ou seria a China? — é governada por um narcisista. Alguém que, apesar de promover uma perseguição sem precedentes aos imigrantes ilegais e travar uma batalha ideológica contra as maiores universidades de seu país, faz uma autocampanha para ganhar o Nobel da Paz. Um chefe de Estado que se orgulha de ter acabado com a guerra entre Israel e Irã, mesmo que tenha mandado seus caças e bombardeios atacarem o território iraniano e ameaçado matar o aiatolá Ali Khamenei. Um presidente que impõe tarifas ao mundo para dobrar-lhe os joelhos e fazer valer seus interesses econômicos; que não se furta em se intrometer em assuntos de outras nações, em uma clara ingerência política e diplomática; e que demite a diretora do próprio Federal Reserve (Banco Central dos EUA), ainda que essa atribuição não seja sua.
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A distopia faz com que alguns normalizem o fato de um deputado federal licenciado fazer uma campanha........
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