Análise: É hora de esmiuçar quem é o "andar de cima" do PCC
Como a italiana Mãos Limpas, a megaoperação Carbono Oculto, ao lado da Quasar e da Tank, tem tudo para ser um ponto de virada no combate ao crime organizado no Brasil. Mais do que uma simples ação policial, a operação desvendou a mais ambiciosa e sofisticada estratégia de uma organização criminosa que não se limita ao tráfico de drogas e à violência urbana. O que emergiu dessa investigação é a imagem de uma verdadeira máfia brasileira, que opera não nas vielas e morros, mas nas salas de diretoria de empresas e nos corredores do mercado financeiro.
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É, sem dúvida, uma mudança de paradigma em relação à atuação do Estado. Ao atingir o "andar de cima" do crime organizado, como enfatizou o ministro Fernando Haddad, as autoridades demonstraram que o combate efetivo não se limita a prisões, mas à desarticulação dos esquemas financeiros. Essa abordagem é a única capaz de enfrentar uma organização que se comporta como uma empresa.
A infiltração na economia formal é a tese que sustenta essa nova máfia. O Primeiro Comando da Capital (PCC) demonstrou uma........
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