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Transição energética na superfície

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19.11.2025

Guilherme Vinhas advogado especializado em direito regulatório, autor do livro Fundamentos da transição energética

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Transição energética é tema necessário, complexo, caro e que, infelizmente, não é discutido com a profundidade que precisa.

É necessário porque o setor de energia responde por cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa em termos globais. No Brasil, graças à grande produção de energia renovável, as maiores emissões de gases de efeito estufa são relacionadas ao uso da terra, leia-se desmatamento.

O tema também é complexo porque não existe uma tecnologia dominante como os combustíveis fósseis para substituí-los em bases semelhantes de preço e segurança energética. O conjunto das novas tecnologias deverá substituir gradualmente os combustíveis fósseis, assim como reduzir a intensidade de carbono deles.

Não há uma bala de prata. Desenvolver tecnologia e fazê-la ganhar escala é caro e demanda tempo.

Em sociedades democráticas, as discussões são saudáveis e devem ser estimuladas. Entretanto, as pessoas que se manifestam publicamente — especialmente formadores de opinião — têm o dever de promover o debate qualificado, baseado em dados e fatos.

No primeiro dia da COP, assisti à entrevista de um cientista brasileiro que defendia sumariamente o fim da exploração e produção de petróleo para mitigar o aquecimento global, com o argumento de que a energia solar e a eólica — entre "outras" — já têm escala........

© Correio Braziliense