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Supersalários e desigualdade no serviço público: caminho contrário à boa gestão de pessoas

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16.04.2025

Jessika Moreira — diretora Executiva do Movimento Pessoas à Frente

O Brasil enfrenta um desafio estrutural no que se refere à gestão de pessoas no serviço público: a existência dos chamados supersalários — remunerações que ultrapassam o teto constitucional, comprometendo a efetividade do Estado e aprofundando desigualdades dentro do próprio setor. Esses vencimentos excessivos geram um impacto significativo na destinação de recursos públicos, chegando a um prejuízo de R$ 11,1 bilhões em 2023, considerando apenas o Poder Judiciário e o Ministério Público, conforme dados de Nota Técnica produzida, a pedido do Movimento Pessoas à Frente, pelo pesquisador Bruno Carazza.

As recentes medidas administrativas adotadas pelo presidente do Senado Federal vão na contramão de boas práticas de gestão de pessoas. Ao invés de promover uma política remuneratória mais justa, essas decisões ampliam a desigualdade salarial dentro da própria casa, privilegiando altos cargos e contribuindo para um cenário de distorções inaceitáveis no serviço público. Além de onerar os cofres públicos, situações como essa desmotivam os servidores que exercem papéis fundamentais na prestação de serviços para o Estado, criando um ambiente de competitividade e insatisfação.

O Senado tem a oportunidade e a responsabilidade de liderar pelo exemplo, implementando reformas que tornem a gestão........

© Correio Braziliense