Qual futuro nos aguarda?
OORLANDO THOMÉ CORDEIRO, consultor em estratégia
Curiosidade e inconformismo, duas características marcantes de nós, seres humanos, sempre foram fatores catalisadores de ações responsáveis por grandes descobertas e invenções ao longo dos séculos, manifestando-se de diferentes maneiras nas mais diversas áreas. Um exemplo é o desejo de conhecer, previamente, futuro e, da mesma forma, poder voltar no tempo para ter a oportunidade de testemunhar o que aconteceu no mundo em eras anteriores. Esse tema foi matéria-prima para obras literárias e cinematográficas.
É o caso do livro A máquina do tempo, de H. G. Wells, cuja primeira edição data de 1895. Esse clássico da literatura foi fonte de inspiração para alguns filmes produzidos no século passado, destacando-se o primeiro deles, com o mesmo título, lançado em 1960, dirigido por George Pal e estrelado por Rod Taylor, Alan Young e Yvette Mimieux.
Outra obra cinematográfica, lançada em 1985, foi De volta para o futuro. O roteiro original de Bob Gale e Robert Zemeckis já despertava o interesse a partir do título, que representava uma contradição em termos. O sucesso foi estrondoso, e os estúdios produziram mais dois, criando uma trilogia icônica.
Ao me lembrar dessas histórias, pensei: se pudéssemos viajar no tempo, o que veríamos no cenário político brasileiro daqui a cinco anos? Será que ainda estaremos sob a égide da polarização Lula x Bolsonaro? Considerando a situação atual dos dois, a tendência é de que, até lá, provavelmente estejam pendurando as chuteiras. E quem poderá assumir o protagonismo político-eleitoral? Resolvi fazer um breve levantamento de quem, nesse futuro próximo, tivesse, no máximo, 50 anos de idade. Somei a esse critério a diversidade do espectro de pensamento ideológico.
O primeiro nome que me ocorreu foi João Campos, prefeito do Recife e recém eleito presidente nacional do PSB. Com 31 anos, tem uma presença de destaque no cenário brasileiro.........
© Correio Braziliense
