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Justiça social: a chave para a prosperidade compartilhada

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Caroline Fredrickson — diretora do Departamento de Pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Há 30 anos, 186 países se reuniram em Copenhague para a primeira Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social. À época, o encontro foi a maior reunião de líderes mundiais já realizada. Ao final da Cúpula, a mensagem era clara: os desafios enfrentados por nossas sociedades são globais, e as soluções, também.

Em resposta, os governos se comprometeram a colocar as pessoas no centro do desenvolvimento global. Reconheceram que a justiça social deve ser a base do progresso econômico, se este pretende ser sustentável. Isso significa garantir que todas as pessoas, independentemente de gênero, nacionalidade, origem ou local de nascimento, tenham o direito de viver com dignidade e de contar com igualdade de oportunidades para trabalhar, prosperar e alcançar êxito. Sociedades fundadas na equidade funcionam melhor, geram mais confiança e se fortalecem.

O consenso da Cúpula tornou-se a pedra angular da Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e de seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Desde 2015, os ODS têm servido como um roteiro para alcançar um mundo socialmente justo, pacífico e sustentável. O prazo para sua concretização foi estabelecido para 2030.

Desde aquela primeira Cúpula, nosso mundo mudou, em muitos aspectos, para melhor. Um novo relatório da OIT, O Estado da Justiça Social, mostra que a pobreza extrema caiu de 39% para 10% da população mundial. O........

© Correio Braziliense