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Cruzamento de crises e eleição no Equador

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16.04.2025

Gustavo Menon professor no Programa de Pós-Graduação em Direito e coordenador do curso de Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília (UCB). Docente no Prolam-USP

A reeleição de Daniel Noboa como presidente do Equador no último domingo, 13 de abril, com cerca de 55% dos votos válidos, foi marcada por acusações de fraude e questionamentos políticos por parte da oposição. Liderada por Luisa González, candidata do Movimento Revolução Cidadã (RC) e herdeira do capital político do ex-presidente Rafael Correa, que governou o país entre 2007 e 2017, a oposição rejeitou os resultados e denunciou irregularidades no pleito. Entre as denúncias, estão o estado de exceção decretado pelo atual presidente às vésperas do segundo turno e atas eleitorais que não foram devidamente preenchidas. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridade máxima da justiça eleitoral no país, declarou os resultados como "matematicamente irreversíveis", mas as acusações continuam a alimentar tensões políticas e agravam o cenário de cruzamento de crises no país.

Organizações internacionais como a Aliança Bolivariana (ALBA-TCP) e a Celac Social endossaram as críticas, classificando o processo como uma "montagem autoritária" e exigindo auditorias independentes. Por outro lado, observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia validam o pleito alegando que a votação foi limpa e transparente.

O segundo turno ocorreu em um cenário de alta tensão, com........

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