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Caminho da diplomacia brasileira no século 21

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16.04.2025

GUSTAVO BUTTES presidente da Associação e Sindicato dos Diplomatas do Brasil(ADB Sindical), diplomata de carreira

"Por que as nações fracassam?" — a pergunta central de Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson, vencedores do Prêmio Nobel de Economia em 2024, ecoa como um alerta para países que negligenciam o fortalecimento de suas instituições. Em tempos de crise global, em que autoritarismos avançam e democracias vacilam, a resposta está na construção de instituições inclusivas — aquelas que distribuem poder, incentivam a participação e se renovam sem perder solidez. O Serviço Exterior Brasileiro, diante dos desafios do século 21, encarna esse dilema: como preservar sua tradição de excelência sem se tornar refém de estruturas engessadas que, paralisadas pelo tempo, podem levar ao declínio?

A carreira diplomática sempre esteve em constante evolução. Se, por um lado, a tradição garante a solidez institucional e a continuidade de princípios fundamentais, por outro, a inovação é indispensável para que a diplomacia responda aos desafios de um mundo em transformação. O Brasil possui um legado reconhecido globalmente, mas precisa se reinventar para ampliar sua influência e refletir na arena externa as demandas de uma sociedade plural.

O fortalecimento........

© Correio Braziliense