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Brasil: espectador ou líder?

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07.04.2025

Raul Jungmann — Foi ministro da Reforma Agrária, Defesa e da Segurança Pública. Preside o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)

Ao avaliarmos a trajetória da civilização, salta aos olhos o papel central dos minerais, utilizados com diversas finalidades, na evolução dos povos mais antigos até os dias atuais, quando influem decisivamente na transformação da geopolítica global.

Na civilização contemporânea, são os novos protagonistas, redefinindo o que significa poder no século 21. Isso em um contexto em que a transição energética, a descarbonização, a expansão da produção de fertilizantes e a soberania nacional impõem desafios inéditos.

Dominar o acesso a esses minérios é uma questão de crescimento econômico e, sobretudo, um sinal inequívoco de poder e influência internacional.

Os minérios moldaram o destino de civilizações e estiveram presentes na ascensão de impérios como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a Grécia Clássica, o Império Romano. No século 16, os minérios das Américas sustentaram os reinos de Portugal e da Espanha, influenciando a economia global.

Segurança mineral, ou seja, a condição de um país contar com oferta abundante de minérios, desdobra-se em diversas faces — alimentar, energética, climática, ambiental, hídrica e de soberania nacional —, demonstrando que a disponibilidade de matérias-primas é a base sobre a qual se constitui a qualidade de vida e o progresso da sociedade.........

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