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Brasil e Chile: desafios para a integração de infraestrutura

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Pedro Silva Barros pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Neste 22 de abril, comemora-se 189 anos das relações bilaterais entre o Brasil e o Chile. Embora não tenham fronteiras terrestres compartilhadas, os dois países cultivam histórica amizade e são fundamentais tanto para a estabilidade política regional como para a integração econômica da América do Sul, especialmente em infraestrutura.

Atualmente, convergem na defesa da democracia, dos direitos humanos e no combate aos extremismos. Agendas importantes, mas insuficientes em um cenário de polarização multinível.

Na última década, a América do Sul vivencia um quadro de fragmentação política e desintegração econômica concomitantes, que se retroalimentam e transbordam tanto para aprofundar divisões internas como para diminuir a interdependência econômica. Panorama desastroso que torna a região vulnerável diante das tensões e incertezas globais e potenciais ingerências extrarregionais.

A região levou 180 anos de vida independente para realizar sua primeira reunião de presidentes. O principal fruto do encontro realizado em Brasília em 2000 foi a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) e seus eixos de integração física, depois incorporada ao Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan) da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que funcionou relativamente bem entre 2009 e 2017.

Embebedados pelas disputas internas, prevaleceu o entendimento de que a Unasul seria ideológica e que a integração prescinderia de burocracia e orçamento. Em 2019, os presidentes Piñera e Bolsonaro criaram o Fórum Prosul, iniciativa leve e flexível composta apenas com........

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