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Brasil!Brasil!: preconceito e superficialidade em crítica de Cumming

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20.02.2025

Maria Lúcia Verdi — Mestre em literatura brasileira, poeta e cronista

Estando em Londres, li a crítica de Laura Cumming sobre a mostra Brasil!Brasil! O nascimento do modernismo e fui visitá-la na Royal Academy of Arts. O título do texto era Brasil!Brasil! The birth of modernism review — spot the standouts in lavish display of bafflingly weak art (Crítica de Brasil! Brasil!O nascimento do modernismo — identifique os destaques na exibição luxuosa de arte desconcertantemente fraca, em tradução livre). É inaceitável. Classificar amostragem de período restrito da arte brasileira como "arte desconcertantemente fraca" é superficial, cheirando a preconceito e falta de conhecimento. E tampouco a mostra é luxuosa (e, se fosse, em se tratando de onde está exposta, não seria tão destoante...), mas, sim, elegante, muito bem apresentada visualmente. Tampouco se pode sintetizar o Brasil apenas como "uma nação convulsionada por ditaduras e golpes." Cumming alerta o público de que não verá nada do Brasil de hoje, provavelmente não conhecerá nenhum dos artistas expostos.

A leitura dos primeiros anos do modernismo brasileiro não é simples, e é constante a polêmica sobre a importância de cada um dos artistas selecionados, como avôs e avós do que vem a ser a respeitada arte brasileira contemporânea. Os próprios artistas e críticos........

© Correio Braziliense