Aprimoramento da doação de órgãos desafia o país
O Brasil tem um dos sistemas públicos de transplantes mais complexos e completos do mundo: realiza procedimentos em rede nacional, hospeda centros de excelência e registra números importantes. Ainda assim, o país convive com longas filas, desigualdades regionais e gargalos que impedem que o potencial de doação seja plenamente convertido em vidas salvas. Amanhã, no Dia Nacional de Doação de Órgãos, vale a reflexão.
A boa notícia é que, em 2024, o Brasil bateu recorde nos transplantes realizados — mais de 30 mil procedimentos — e anunciou programas para modernizar o sistema. Mas a demanda permanece alta: cerca de 78 mil pessoas estavam em lista de espera no ano passado, com destaque para rim (aproximadamente 42,8 mil), córnea (32,3 mil) e fígado (2,4 mil). Em termos de doadores efetivos, o país superou a marca de 4 mil em 2024. Quando as entrevistas de acolhimento foram realizadas, cerca de 55% das famílias autorizaram a doação naquele ano — indicador que mostra ganho, mas também o peso da recusa familiar.
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