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É preciso uma nova onda na educação brasileira

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04.07.2025

Mozart Neves Ramos titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados – polo Ribeirão Preto da USP

Este artigo foi inicialmente inspirado na matéria produzida pelo jornalista Fernando Canzian intitulada Menos de 2% das crianças pobres no Brasil atingem a renda dos mais ricos, publicada na Folha de S.Paulo de 5 de junho último. Essa matéria, por sua vez, teve como referência os dados do novo Atlas da Mobilidade Social do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), plataforma de acompanhamento de políticas públicas com foco na ascensão social.

Nessa reportagem, impressiona a baixíssima mobilidade social do nosso país. Grosso modo, a tendência de quem é pobre é continuar pobre nas próximas gerações, pois a probabilidade de uma criança brasileira que faz parte da metade mais pobre ter ascensão social capaz de colocá-la entre os 10% mais ricos quando adulta é menor do que 2%. Como disse o jornalista, dois terços delas muito provavelmente permanecerão entre os 50% mais pobres na vida adulta, e apenas 10,8% subirão ao patamar dos 25% mais ricos.

Após tomar conhecimento dessa matéria, li no jornal O Globo o artigo Imobilidade dos mais pobres: uma ameaça ao país, do professor Ricardo Henriques — um dos grandes formuladores de políticas públicas em nosso país, também inspirado no mesmo Atlas. Segundo ele, os indicadores de baixa mobilidade social se agravam quando fazemos o recorte........

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