O desafio global da resistência aos antimicrobianos
A resistência de bactérias e fungos aos medicamentos antimicrobianos é hoje reconhecida como uma das maiores ameaças à saúde pública global. O avanço desse fenômeno preocupa autoridades sanitárias e especialistas em todo o mundo, pois compromete a eficácia de tratamentos antes seguros e coloca em risco procedimentos médicos essenciais, como cirurgias, partos, quimioterapia e transplantes.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7,7 milhões de pessoas morreram em 2019 em decorrência de infecções bacterianas. Desses óbitos, 4,95 milhões estavam associados à resistência a antibióticos, e 1,27 milhão foram diretamente causados por microrganismos resistentes. No Brasil, dados do estudo Global Burden of Disease mostram que, em 2021, 31,7 mil mortes foram atribuídas diretamente à resistência antimicrobiana, enquanto 130 mil tiveram relação indireta com o problema. Os números traduzem uma epidemia silenciosa que ameaça se tornar uma crise de proporções semelhantes às das grandes pandemias.
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A resistência ocorre quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas sofrem mutações e passam a não responder aos medicamentos disponíveis. Esse processo é acelerado pelo uso inadequado de antibióticos, como a automedicação, o abandono precoce do tratamento ou o uso em doses incorretas, também pelo descarte inadequado de medicamentos e pelo uso indiscriminado de antimicrobianos em animais e na agricultura. Essa combinação cria........





















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