menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Operação Just Cause e afins

3 0
yesterday

No dia 20 de dezembro de 1989, os Estados Unidos enviaram tropas militares, muitas tropas, para invadir o Panamá. O ataque sanguinário começou à noite, durou três dias e a população, cerca de 2,5 milhões, foi rapidamente dominada. Nesse momento cruel, infernal, vinte e sete áreas foram atingidas, algumas densamente povoadas. Os estadunidenses aplicaram violência atroz contra os panamenhos com amplo bombardeio aéreo, mais de quatrocentas bombas arremessadas. O resultado foi algo brutal, o Panamá foi destroçado: algo como vinte mil pessoas perderam suas casas, cerca de quatro mil civis morreram com a instalação da Operação Just Cause, mas o número exato ainda é um mistério, pois os militares estadunidenses controlaram por anos os hospitais e cemitérios. Sabe-se, no entanto, que a barbárie protagonizada por Washington foi completa. Houve campos de concentração, queima de corpos, outros jogados ao mar e covas coletivas. O presidente dos EUA na época era George Bush, o pai. Ele alegou, sem demonstrar remorso algum, que aplicou extrema brutalidade contra o Panamá para assegurar a vida dos estadunidenses que viviam no Panamá. Patranha! O sistema de Justiça ianque cooperou com a barbárie e autorizou com celeridade a prisão de Manuel Noriega, presidente do Panamá, que fora arrancado de seu país. O conluio entre o Judiciário e o Executivo foi integral. Manuel Noriega foi julgado, condenado e preso nos EUA por narcotráfico e........

© Brasil 247