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Luis Enrique: a força de 11 em vez de apenas 10

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19.12.2025

Sou fã de Luis Enrique. Não sei se um dia não o irei criticar como hoje acontece com ídolos do passado, sobretudo por traição aos próprios valores em nome do resultado, mas nenhum de nós tem noção do que aí vem.

Este apreço nada tem que ver com a tragédia pessoal que viveu — e que refiro aqui para retirar já da equação —, mas até nesta é exemplo de superação, na forma de lidar com a maior das adversidades, que para muitos de nós será a perda de um filho. Provavelmente, ter-nos-ia deixado mortos a todos por dentro, enquanto nele faz positivamente parte de si, da sua forma de olhar para o mundo e para a vida.

Sou fã, mesmo que nos odeie. Que nos provoque a nós, jornalistas — haverá outras opiniões, mas tenho e terei sempre orgulho na minha profissão e no meu trabalho —, com títulos de documentários, a lembrar-nos de que continuamos a não fazer puto de ideia do que é vestir a sua pele. Talvez, mas não preciso de ser correspondido. Garanto.

Escrevo na vitória, porém poderia fazê-lo após uma derrota. Não teria tido o mesmo impacto para quem lê, embora para mim um mau resultado nada alterasse nas conclusões. Luis Enrique não precisava da Intercontinental para ser enorme, tal como Vitinha não deveria necessitar de pôr mais um caneco sobre a cabeça para se sentir campeão do mundo.

O PSG será a melhor equipa da atualidade, mesmo que os resultados o contradigam. É-o ao incorporar numa equipa solidária, de visão socialista, que paradoxalmente faz casa na capital do glamour e do gourmet, de tudo um pouco e um pouco do capitalismo, num estádio chamado Parque dos Príncipes e com donos que poderiam comprar meio-mundo sem grande esforço. Não é pobre, mas recusa há muito ser só uma formação milionária.

Quando Fernando Santos foi despedido pela Federação na sequência do Mundial do Qatar, o meu preferido para a Seleção Nacional era, adivinham, Enrique. Mesmo que fosse visão quase impossível e de várias perspetivas: o espanhol já tinha........

© A Bola