José Mourinho: a lua de mel acabou cedo
Não é fácil, para qualquer treinador, entrar com o comboio em andamento. Chame-se ele José Mourinho, Pep Guardiola, Carlo Ancelotti ou Jurgen Klopp. E Mourinho sabia-o, não gostasse ele de desafios ao nível da ilustre carreira que tem.
Entrou com o pé direito fora de campo, agarrando a nação benfiquista nas conferências de apresentação. Era imperial fazê-lo depois de meses em que Bruno Lage sempre esteve longe, muito longe, de ser consensual, mas foi o próprio a rapidamente querer assentar a poeira e virar a agulha para o que mais importa(va): recuperar a identidade perdida de uma equipa que, com o antecessor, se habituou a jogar poucochinho.
O jogo na Vila das Aves não serviu para encher a barriga, a primeira parte roçou o deprimente, e Mourinho meteu um dedo ao intervalo. Apareceu outra equipa para a segunda parte e, frente a um dos candidatos à descida, o problema lá se resolveu.
Ontem, na Luz, o cenário repetiu-se e é bastante revelador da tal falta de identidade que o © A Bola
