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O PSD tornou-se um perigo para a nossa democracia? Opinião de Pedro Marques Lopes

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Que um dirigente político que não gosta da democracia glorifique um ditador e mande afixar cartazes racistas e xenófobos é normal. Não faz mais do que propagandear as suas convicções, agradar aos seus e captar mais votos dos que pensam como ele. 

Já não é tão normal que tanta gente relativize este tipo de comportamento.

Passei a semana a ouvir falar acerca dos efeitos que o Ventura queria produzir com aqueles cartazes. O ângulo de análise de praticamente toda a gente que perora no espaço público foi o de ficar de boca aberta.

A maioria limitou-se a enfatizar que os comunistas, ou seja, os que se afirmam sociais-democratas ou democratas-cristãos ou simplesmente não são de direita radical, caem numa armadilha se disserem que aquilo é, muito provavelmente, um crime de incitamento ao ódio e, de certeza, uma coisa nojenta. Não faltaram os que se riram muito da genialidade do Ventura.

Pelos vistos, a atitude certa é assobiar para o lado ou então dizer que o Ventura é um espertalhão porque está a tentar dividir a comunidade e a fazer com que se fale dele. Já criticar o conteúdo é que não pode ser. O que é proibido dizer é que um tipo que espalha aquela mensagem e defende o regresso ao fascismo (que é o que faz quem diz aquilo dos três Salazares) é um xenófobo, um racista e um fascista. 

E, claro, não faltou quem desculpasse os pobres dos portugueses. Claro que não há........

© Visão