A pobreza da campanha política de Lula 3 contra a desigualdade
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA)
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Defender o "andar de baixo" e cobrar mais "da cobertura" se tornou o mote da propaganda política de Lula 3. A mudança de atitude, ou de ênfase, é reação a campanhas e situações que imprensaram de vez um governo com muitas fraquezas, várias causadas por tiros no pé. O motivo imediato é um combate com o objetivo de remendar as contas públicas e de manter dinheiro para bancar planos de impacto eleitoral.
É obrigação atacar a aberrante desigualdade brasileira. Mas é duvidoso que um governo possa fazer algo de relevante a respeito no médio prazo (até meia década); menos ainda virá mudança com esses remendos no Orçamento. Os mais ricos têm de pagar o ajuste fiscal, mas o problema depende também de contenção de despesa.
É possível que programas sociais eficientes aumentem o nível de renda dos mais pobres. Nessa hipótese otimista de redistribuição de renda, a pobreza pode cair e a desigualdade aumentar (a renda dos mais ricos aumentaria por outros motivos).
Além do mais, trata-se aqui de redistribuição, via Estado: tirar de uns, dar a outros. E a distribuição? Isto é, como ficam os rendimentos de trabalho e capital? Tributação,........
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