Espaço de debate para temas emergentes da agenda socioambiental

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Diretora de programas do ICE (Instituto de Cidadania Empresarial)

A colaboração tornou-se um imperativo na vida e nos negócios —ainda mais no campo dos investimentos e negócios de impacto. Nenhuma organização, por maiores que sejam seus recursos ou sua trajetória, consegue enfrentar sozinha os complexos desafios socioambientais do nosso tempo.

Por isso, vemos crescer o número de parcerias, redes, coalizões e movimentos que ampliam a capacidade coletiva de gerar transformação. Ninguém mais discorda de que colaborar é necessário. Esse consenso é claro. Mas, então, por que ainda é tão difícil promover a colaboração de forma efetiva?

No ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), temos vivido essa jornada de forma intensa. A criação de iniciativas como a Coalizão pelo Impacto, o fortalecimento de redes como a Academia ICE e o apoio a articulações nacionais e internacionais mostram como o campo avança quando superamos a lógica da competição e adotamos práticas genuínas de colaboração.

Mas colaboração não é apenas reunir instituições em torno de uma causa. É mudar a forma como atuamos no mundo. É, como gostamos de dizer, migrar do ego para o eco: abandonar o protagonismo individual para construir soluções a partir de perspectivas diversas, partilhando poder, responsabilidades e aprendizados.

Essa transição é especialmente desafiadora num campo historicamente moldado para maximizar resultados próprios, demonstrar

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