Pouca esperança na segurança pública
Professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, é pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap)
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Recentes pesquisas mostram agudo declínio na avaliação positiva do presidente Lula. Mas, nos últimos dois anos, algo tem se mantido constante nas medições dos humores do povo.
A segurança é invariavelmente citada como a principal preocupação do público (acima até da saúde). Mesmo que alguns indicadores da criminalidade revelem discretíssima melhora nos últimos anos —em alguns estados e para certos delitos—, a sensação geral é de desamparo diante do que pobres, ricos ou remediados vivem como ameaça cotidiana.
Nenhum outro assunto de interesse geral abre tamanho fosso entre o temor dos cidadãos e o dar de ombros do governo. Dois exemplos recentes deixam claro o alcance desse divórcio.
O tema da segurança pública, para começar, ficou fora da lista de prioridades recém-apresentada aos líderes da base parlamentar do governo pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Embora a pasta da Justiça tenha divulgado duas propostas importantes —"Pena Justa", sobre o problema penitenciário; e a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública—, tão escandalosa lacuna na pauta legislativa do Executivo gerou........
© UOL
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