Morte de montanhista mineiro no Peru ainda está cercada de incógnitas
A morte do montanhista mineiro Marcelo Delvaux, numa greta do glaciar da montanha Coropuna Oeste, levanta mais uma vez a questão sobre os limites da segurança da prática desse esporte cada vez mais difundido. Escalar montanhas sempre foi um esporte de alto risco, que foi facilitado (até a página 2) pelo desenvolvimento de equipamentos cada vez mais sofisticados que não apenas são mais leves, aliviando o peso que o praticante precisa carregar morro acima, mas também mais acessíveis a um número maior de praticantes. Mochilas ultraleves, um número infinito de agências especializadas e geolocalizadores que dão uma sensação de maior segurança (ao menos para um resgate em caso de emergência) têm atraído uma verdadeira multidão para os cumes mais badalados em busca de um Instagram cheio de likes.
Mas há um fator que nenhum equipamento consegue driblar, e que tem tirado o sono dos montanhistas mais experientes: as mudanças climáticas, que derretem o gelo dos picos mais altos, mudando a paisagem em um patamar que faz com que a rota percorrida na temporada passada se revele inviável ou, no mínimo, um novo desafio a mapear. A montanha que estava aqui no ano passado não é mais a mesma que vai se deixar escalar nesta temporada.
"Antes, nos guias de escalada, você tinha fotos de áreas cobertas de neve, teoricamente perfeitas para escalar, mas hoje você chega lá e vê que estão totalmente desatualizados, não existe mais essa cobertura", contou Hauck ao blog em novembro de 2022. O problema da falta cada vez maior de neve nas altas montanhas, em especial nos........
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