Largados, eles andaram 226 quilômetros descalços na praia do Cassino
Percorrer 226 quilômetros de areia fustigados por fortes ventos e uma chuva gelada, sem equipamentos, barracas ou calçados. Sim, nada de calçados. Um pequeno grupo de quatro iniciados nas artes da sobrevivência enfrentou, entre os dias 14 e 19 de abril, o desafio Largados no Cassino, que lhes apresentou o diferencial de fazer todo o percurso expondo a pele dos pés ao impacto abrasivo de um solo áspero, árido, e o espírito a uma paisagem em que apenas os restos de animais marinhos mortos e um monte de lixo acompanhavam a odisseia.
Organizado pela empresa Via Radical Brasil, fundada em 2002 pelo coronel da reserva do Exército Marcelo Montibeller Borges, 52, como "uma escola focada na segurança para eventos fora da rotina", que dá cursos de sobrevivência em todo o país voltados para os mais diversos biomas. O desafio do Cassino começou a ser idealizado há cinco anos. Por se tratar da maior extensão litorânea do planeta e não contar com nenhum tipo do que se costuma imaginar como infraestrutura praiana —ou seja, sem quiosques, pousadas, camarãozinho frito ou qualquer tipo de apoio humano que não o de um único farol habitado ao longo do percurso—, garantir a integridade dos participantes exigiu um grande investimento e a mobilização de diversos especialistas para o acompanhamento da viagem.
Após viabilizar a infraestrutura de apoio ao desafio, Montibeller abriu inscrições para voluntários que se dispusessem a enfrentá-lo. Como responsável pelas entrevistas que indicaram ao Discovery Warner Channel candidatos para o programa Largados e Pelados Brasil, não lhe foi difícil reunir cidadãos dispostos a encarar os perrengues do Cassino. Rodeados por uma equipe de 12 especialistas que seguia em carros 4x4 totalmente equipados, com telefones por satélite Starlink,........
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