Contra vandalismo, Serra Fina reabre vedando acesso a área de nascentes
O calorão e as chuvas de verão podem não ter se convencido de que estamos no outono —mas a temporada de montanhas já está a todo vapor. E o exemplo mais representativo da volta dos mochilões e acampamentos é a reabertura das trilhas da Serra Fina, marcada por um evento realizado na Flona (Floresta Nacional) de Passa Quatro, em Minas Gerais no último dia 23 de março.
Entre as inovações introduzidas nessa que é considerada por muitos montanhistas como uma das mais desafiadoras travessias do país, está a polêmica interdição definitiva do acesso ao vale do Ruah, berço da nascente do rio Verde, que abastece várias cidades de Minas Gerais.
"O pessoal não vai passar mais pelo vale do Ruah", frisa José Antônio Cintra, presidente da APSF (Associação dos Proprietários da Serra Fina), entidade que administra os acessos ao maciço, "que é uma área a 2.600 metros de altitude, um brejo onde nasce o rio Verde e onde estão todas as nascentes".
"Só vai ser possível percorrer a Serra Fina pelo trajeto original, como foi demarcado na década de 90, que era todo pelas cristas, não passava pelo vale do Ruah", ecoa José Sávio Monteiro, vice-presidente da entidade.
"O Ruah nunca foi um caminho, era só um ponto de água, mas as pessoas começaram a passar por lá porque a travessia ficava mais curta e menos difícil", explica Monteiro. "O problema é que, à falta de consciência ambiental, muitos usavam o local para tomar banho, lavar utensílios e outros fins que........
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