Brasil ainda engatinha no mundo colorido da escalada indoor
A escalada indoor, que estreou como esporte olímpico em Tóquio, ainda não conseguiu levar a seleção brasileira à disputa, mas aos poucos vem ganhando mais adeptos a cada ano, atraindo atletas que procuram treinar para paredes mais ousadas fora de quatro paredes ou simples curiosos que buscam uma alternativa de exercício diferente e divertida. O blog vai mostrar, em uma série de reportagens, como a atividade evoluiu nas últimas décadas e quem faz a diferença nesse mundo de pedras, cores e desafios.
A primeira academia oficial voltada para escalada indoor foi a 90 Graus, em São Paulo. Criada pelo ex-praticante de yoga e caratê e economista Paulo Gil, 58, a escola nasceu a partir de seu interesse pela espeleologia, que é a exploração de cavernas. Como para essa atividade é essencial ter noções de escalada, ele começou a ter contato maior "com esse monte de gente colorida, simpática, o oposto desse grupo de pessoas desajustadas que gostam de entrar em cavernas", conta ele, comprando uma segura briga com sua ex-tribo.
"Eu detestei aquilo, mas acabei conhecendo uma escaladora que me apresentou o lado filosófico da coisa e resolvi dar uma segunda chance", explica. "E até hoje estou aqui".
Desde o final da década de 1980 e início da de 1990, Gil trabalhou com eventos que incluíam pequenas paredes para atividades motivacionais de recursos humanos e organizou treinamento para bombeiros, até que percebeu que a atividade podia ser uma oportunidade de negócio. Foi assim que nasceu a 90 Graus, em 1994.
"Eu estava focado na pegada de trabalhar com o excluído, com aquele cara que não deu certo em nenhum........
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