Molécula extraída do sangue do próprio paciente ajuda a fechar feridas
Existem feridas que não se fecham. Tornam-se crônicas. Doem no corpo e na alma, já que o estado psicológico também fica bastante machucado, convivendo com o flagelo diário do ardor que não passa, da aparência que afasta os outros e, muitas vezes, do odor exalado pelo líquido que escoa do ferimento.
Casos assim sempre chamaram a atenção da enfermeira Chayane de Carvalho, que se especializou em cuidar de feridas em geral. "Mas o que sempre me sensibilizou foram as pessoas que convivem há anos com elas. Quando é assim, independentemente da localização e até mesmo do tamanho, o impacto na qualidade de vida é imenso", observa.
Existem uma série de eventos no organismo que, em um efeito dominó, fazem um rasgo na pele se fechar. No entanto, qualquer coisa que atrapalhe uma dessas etapas é capaz de levar a cicatrização para o brejo. "Se uma lesão não respondeu direito nas primeiras semanas, quando acontece o que chamamos de cascata inflamatória, isto é, se suas bordas não se unirem nesse período inicial, ela vai entrar em processo complicado de cronicidade", informa Chayane.
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Algumas feridas crônicas são mais lentas, vamos dizer assim — às vezes melhoram, às vezes pioram e, no fundo, não saem muito do lugar. Outras envolvem tanta inflamação e, pior, infeccionam, que terminam aumentando com o tempo. É o mais terrível dos cenários.
Com a idade avançada, problemas de circulação agravados pelo sedentarismo podem abrir verdadeiras crateras nas pernas — são as úlceras venosas, provocadas pela dificuldade do sangue para retornar ao coração. Elas são um exemplo."Com o passar dos anos, de todo modo, a capacidade de regeneração dos tecidos sempre diminui, seja qual for o tipo de ferimento", nota a enfermeira
O paciente com câncer também corre risco de sofrer com feridas crônicas. "Algumas delas estão diretamente ligadas à retirada do tumor, quando o cirurgião precisa cortar uma boa parte do tecido em volta da lesão maligna para criar uma margem de segurança e, às vezes, até fazer enxertos. Isso é um........
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