menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

EUA se voltam para dentro e vão pagar por vício em vitórias de curto prazo

9 27
previous day

Fundador e presidente do Eurasia Group, consultoria de risco político dos EUA, e colunista da revista Time

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

benefício do assinante

Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.

benefício do assinante

Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Os Estados Unidos estão vencendo. Ou pelo menos é assim que parece, se você estiver acompanhando os índices de mercado ou o desfile de países que se alinham para fechar acordos com o presidente Donald Trump.

A economia dos EUA está superando a de seus aliados. As ações continuam atingindo recordes históricos. Países asiáticos e do Golfo prometeram trilhões de dólares em investimento estrangeiro direto nos EUA durante a presidência de Trump. O Reino Unido, a União Europeia e várias nações do Sudeste Asiático ofereceram acordos comerciais não recíprocos.

O Canadá desistiu de seu plano de impor um imposto sobre serviços digitais. O Japão fez concessões unilaterais sobre tarifas automotivas e a Nippon Steel. Empresas farmacêuticas europeias estão transferindo sua produção para os EUA para evitar tarifas punitivas. Combinado com um boom de gastos em inteligência artificial e aumento do déficit —possibilitados pelo status contínuo do dólar como moeda de reserva global—, os mercados continuam apostando na liquidez e no crescimento americanos.

É um momento que embriaga. Mas enquanto o cenário de curto prazo parece forte, os EUA estão sistematicamente trocando vantagens estratégicas de longo prazo por ganhos táticos, e os custos estão se acumulando de maneiras que não se tornarão aparentes até que seja tarde demais para reverter o curso.

Comece com a imigração. Por décadas, a pedra angular da dominação tecnológica, econômica e de soft power da América tem sido sua capacidade de atrair os melhores e mais brilhantes de todo o mundo. Engenheiros talentosos, cientistas e empreendedores há muito escolheram os EUA porque prometiam oportunidade, abertura e meritocracia —uma chance justa no sonho americano.

Agora, o tapete de boas-vindas está se desgastando. A política sob a gestão Trump é cada vez mais hostil à imigração (seja legal ou ilegal, qualificada ou não qualificada), o sentimento nativista entre os americanos está crescendo, e as liberdades civis (especialmente para imigrantes não brancos) parecem cada vez mais incertas.

Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo

Carregando...

Enquanto isso, a

© UOL