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Brasil 'Evangelistão'? Por ora não

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Repórter especial, escreve sobre religião, política, eleições e direitos humanos. Autora dos livros "O Púlpito" e "Talvez Ela não Precise de Mim"

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Ninguém precisa rezar a cartilha do Vaticano para soltar "vixi Maria" ou "Nossa Senhora" no meio do papo. São interjeições exportadas pelo catolicismo que caíram na boca do povo, tenha ele a crença que for —ou nenhuma. Ateu também dá graças a Deus por um feriado religioso que enforca a sexta-feira.

Na medida em que a placa religiosa brasileira foi se deslocando, expressões de raiz católica ganharam concorrência de outras típicas do evangelicalismo, sobretudo nas periferias: "Tá repreendido", "misericórdia", "ô, glória".

São amostras prosaicas de como a vivência evangélica, mais do que profissão de fé, virou cultura popular. E temos falado tanto desse fenômeno nos últimos anos, depois de o subestimar por outros tantos, que a impressão que dá é que brota crente de tudo quanto é canto.

A funkeira Ludmila é. Bruna Marquezine também. A bancada evangélica faz culto toda quarta no Congresso.

Se hoje a Globo tem novela com protagonista serva de Deus e envia várias equipes para cobrir a Marcha para Jesus, só consigo lembrar do jornalista veterano Tonico Ferreira me contando que, em quase quatro décadas na emissora, entrevistou sete cardeais católicos, trocentos padres e bispos, e um único pastor: Jaime Wright, "mas com temas de direitos humanos". Wright participou do ato ecumênico em memória de Vladimir Herzog, no........

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