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Credibilidade custa caro

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28.09.2025

Economista-chefe do Santander Brasil

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Há um ano, escrevi nesse espaço que o novo Banco Central chegava com dilemas importantes: definir o modelo de autonomia recém aprovada no Congresso; enfrentar a baixa coordenação com a política fiscal; e navegar num cenário global de incerteza e juros longos mais elevados.

Doze meses depois, não faltaram testes: a frustração do mercado com o pacote fiscal de novembro de 2024 e o choque cambial posterior; o IOF "arrecadatório" de junho pegando por algumas horas as remessas externas de capital; o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil; a mudança de postura do Fed. A pergunta não é se o BC foi "duro" ou "brando", mas se fez um bom uso dos instrumentos ao seu dispor para cumprir o mandato.

O primeiro desafio, a transição da presidência e de outros dois membros, foi cumprida com relativa tranquilidade. A defesa do propósito institucional falou mais alto e, ainda na transição, os diretores anunciaram um choque de juros, continuado pelo novo Comitê. A Selic saiu de 10,50% para 15% em poucos meses —um salto de 450 pontos-base que trouxe um diferencial de juros extremamente alto em relação aos demais países.

No início do ano, as expectativas de inflação para 2025 chegaram a 5,6%, a moeda se depreciava, a política fiscal frustrava as expectativas de ajuste de despesas e a atividade se mostrava sobreaquecida.

O Copom reagiu com........

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