Adeus, Tio Sam!
Adeus, tio Sam!
A declaração em conjunto divulgada durante o encontro traz críticas diretas, duríssimas, contra os esforços americanos de dominar o mundo através de intimidação militar e econômica.
Doravante será muito mais difícil para você promover suas guerras, seus golpes de Estado e suas operações clandestinas de "mudança de regime".
Graças a Deus, pois assim o mundo estará mais seguro, mais estável, mais pacífico e mais próspero!
Os valores que emergem do encontro dos chefes de Estado de Rússia, Vladimir Putin, e China, Xi Jinping, o mais importante do século XXI, visam promover, finalmente, a autodeterminação dos povos, a soberania de todos os países (independente de seu tamanho). O foco será na construção de infraestruturas, ao invés de guerras eternas, genocídios e corrida armamentista.
A diferença não poderia ser mais profunda entre a a velha ordem liberal, cujos líderes hoje apenas falam em guerra, guerra e guerra, e esse encontro de Xi e Putin, onde as palavras de ordem são: desenvolvimento, desenvolvimento e desenvolvimento!
Posso ouvir os papagaios da mídia liberal repetindo: "Ah, não seja ingênuo, a Rússia é imperialista, invadiu a Ucrânia e quer dominar a Europa".
Essa mentira também foi enterrada hoje. Na declaração conjunta, está claro que a China não engoliu essa falácia.
A China entende que as raízes da guerra na Ucrânia foram os avanços da Otan pelas fronteiras russas, o rompimento unilateral de acordos, a interferência de serviços clandestinos de informação dos EUA na Ucrânia, e sobretudo a obsessão patológica dos Estados Unidos pela destruição da Rússia.
A Rússia não tem nenhuma intenção de "invadir" a Europa. Não tem nem condição nenhuma de fazer isso, nem interesse. A Rússia não tem interesse sequer em ocupar a Ucrânia inteira, quanto mais algum outro país europeu. Essa é apenas uma mentira ridícula que os senhores da guerra inventam para assustar uma opinião pública debilitada por uma imprensa totalmente comprometida com os interesses geopolíticos dos EUA.
O lado mais positivo disso tudo é que a Declaração Conjunta de Rússia e China não visa, ao contrário do que defendem lideranças ocidentais e suas eternas sanções e guerras, enfraquecer nenhum país ocidental, tampouco obstruir o desenvolvimento tecnológico de ninguém. O documento, portanto, também serve aos interesses econômicos, sociais e geopolíticos dos povos ocidentais, embora talvez não de algumas de suas lideranças corruptas e obecadas por guerras.
É o documento mais relevante do século XXI, e demarca uma nova era das relações internacionais. Certamente, é a peça mais poderosamente antifascista e anti-imperialista já produzida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os dois gigantes asiáticos consolidaram a parceria estratégica (que já tinham firmado no ano anterior) e decidiram aprofundá-la ainda mais, lançando um manifesto em que deixam claro a unidade de objetivos e metas geopolíticos.
Para o Brasil, é uma excelente notícia, porque ambos defenderam o fortalecimento das instituições multilaterais, uma bandeira que o Brasil vem brandindo há anos, e que Lula repete sempre que possível, com um destaque especial para os Brics, que vem assumindo um papel geopolítico e simbólico ainda mais notável do que seus próprios criadores imaginavam que pudesse ter.
A complementaridade poderosa das duas economias é absolutamente extraordinária. China se tornou um dos países tecnologicamente mais desenvolvidos do planeta, e vem rompendo, uma a uma, as barreiras que os Estados Unidos vem tentando impor.
A íntegra do documento está publicada aqui no Cafezinho, neste link.
Eu separei abaixo um longo resumo que Arnaud Bertrand, um empresário francês que, para mim, é um brilhante analista geopolítico (especialmente sobre coisas da China), fez da Declaração Conjunta divulgada pelo governo chinês.
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Arnaud Bertrand, no X:
China e Rússia emitiram uma declaração conjunta extraordinária ontem, com quase 8.000 palavras quando traduzida para o inglês, e em muitos aspectos mais importante do que a famosa declaração de parceria "sem limites" de fevereiro de 2022.
Aqui estão os pontos que se destacaram para mim.
CONSTRUINDO UMA NOVA ORDEM MUNDIAL
A declaração diz que é um "fator objetivo" que "o status e a força dos principais países e regiões emergentes no 'Sul Global' [estão]........
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