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A obscura ascensão de Keir Starmer

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07.07.2024

O artigo abaixo foi escrito por uma brasileira residente em Londres, que preferiu não se identificar.

Eleições no Reino Unido: a obscura ascensão de Keir Starmer

Labour ganhou 33,9% do voto popular e controlará 65% do parlamento

Não há nenhum motivo para celebrar a obscura ascensão de Keir Starmer ao poder. Uma trajetória política construída por fraudes, difamações virulentas e estrategicamente calculadas, expurgação e perseguição implacável das forças progressistas de dentro do Partido Trabalhista, alianças com o capital corporativo e, o que é mais grave, a partir de uma aliança ideológica incondicional com o sionismo e com apoio financeiro das elites sionistas.

O grande paradoxo do resultado eleitoral

Keir Starmer, apesar de ter 57% de reprovação do eleitorado, paradoxalmente consegue uma vitória acachapante para o Labour, com 410 assentos até agora, ou quase 2/3 do parlamento.

No seu distrito eleitoral, Holborn & St Pancras, Starmer perdeu 17% dos seus votos comparados à sua última eleição. Em 2017, ele tinha acumulado mais de 41.000 votos e hoje conseguiu um pouco mais de 18.000. Em compensação, o candidato opositor de Starmer, Andrew Finkelstein, judeu antissionista e ex-parlamentar na África do Sul no governo Mandela, em seis semanas de campanha pelo partido Workers Party of Britain conseguiu 19% dos votos.

Mas como explicar que uma figura impopular, sem carisma, que endossa abertamente o genocídio na Palestina, ao qual a população britânica se mostra em feroz desacordo, consegue uma vitória tão avassaladora?

Em parte, isso se deve ao próprio sistema eleitoral britânico de eleições indiretas do chefe de governo e o chamado "first past the post". No Reino Unido, as eleições para Primeiro-Ministro são indiretas. O Chefe de Estado (Rei) indica o Chefe de Governo (Primeiro-Ministro), que é o líder do partido com a maior parte das cadeiras no parlamento. Os eleitores apenas elegem, através do voto direto, os parlamentares.

O número de cadeiras no parlamento tem pouca relação com o número de votos populares. Isso se deve ao sistema distrital de eleições. Cada eleitor pode votar apenas para um membro do parlamento em seu distrito. Cada partido tem apenas um candidato por distrito. Assim, um candidato muito bem votado, que chega a perder........

© Revista Fórum


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