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'No Kings' vira símbolo da resistência ao trumpismo. E alerta sobre o poder dos bilionários

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Aproximadamente 2.600 eventos, em quase todos os estados dos EUA, foram realizados por uma rede de organizações progressistas, sindicatos, grupos de defesa dos direitos civis na campanha de manifestações batizada de No Kings, neste sábado (18), em protesto contra o governo do presidente estadunidense Donald Trump. Foi a segunda onda de protestos após os atos promovidos por eles em junho.

Praticamente autoexplicativo, o nome vem do slogan “No thrones. No crowns. No kings.” (“Não queremos tronos, não queremos coroas, não queremos reis”, em tradução livre), usado para criticar a ideia de que o mandatário dos EUA se comportaria mais como um monarca do que como um líder eleito num regime democrático.

Dentro deste espectro, diversas demandas e fatos foram citados nos protestos com questões que vão desde as detenções generalizadas de imigrantes realizadas por agentes do governo, muitos deles mascarados ou sem a devida identificação e com legalidade questionável, além do corte agressivo do governo de recursos federais, em especial em áreas como educação e proteção ambiental, as mudanças nos mapas eleitorais fora da previsão formal em estados republicanos (o gerrymandering) e outras inciativas da Casa Branca que evidenciam o autoritarismo de Trump.

Segundo a organização, o total de participantes pode ter chegado a 7 milhões de pessoas em todo o país. Já de acordo com o jornalista de dados e autor do Substack Strenght in Numbers, G. Elliott Morris, a estimativa mediana é de 5,2 milhões de pessoas com um limite de até 8,2 milhões. De qualquer forma, seria a maior manifestação nacional estadunidense desde o Dia da Terra de 1970, em um contexto no qual Trump tem uma aprovação baixa. Conforme o site FiftyPlusOne, que faz a média de pesquisas de avaliação presidencial ponderadas pela qualidade dos institutos, o índice de desaprovação do presidente alcança 54,2% contra 41,7% que aprovam a sua gestão. Mesmo com uma imagem também abalada, o Partido Democrata deve garantir, em novembro, o triunfo nas eleições para os governos dos estados de Nova Jersey e Virgínia, realizadas em anos que não coincidem com o pleito presidencial ou legislativo. No caso da Virgínia, um triunfo ainda mais significativo por se tratar de um estado governado por um republicano.

A dimensão dos protestos, além de chegar à casa dos milhões com eventos grandiosos nas grandes cidades, como Nova York, Washington e Chicago, contou com eventos numerosos e pulverizados em boa parte do país. O Crowd Counting Consortium, um projeto conjunto da Harvard Kennedy School e da Universidade de Connecticut que compila relatos de protestos e outras manifestações políticas aponta que já houve, até agora, mais de........

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