Bannon, o arquiteto do caos
Steve Bannon. O nome soa como um sino de alarme para os defensores da democracia. Ex-estrategista-chefe de Donald Trump e ex-diretor do site ultraconservador Breitbart News, o empresário e ativista se impôs como uma das figuras mais influentes – e perigosas – do populismo autoritário contemporâneo. Com passagem pela Marinha dos Estados Unidos, pelos bastidores de Wall Street e pela produção cinematográfica, Bannon se consolidou como o principal ideólogo da alt-right, uma corrente ultra-nacionalista, xenófoba e radicalmente contrária ao pluralismo democrático.
Ele não é um mero conselheiro político; ele é um verdadeiro arquiteto da desestabilização que vem afetando a estabilidade democrática em vários continentes. Durante a campanha presidencial de 2016, foi sua mente que articulou os discursos mais radicais que impulsionaram Trump à Casa Branca: o fechamento de fronteiras, a demonização da imprensa, o ataque ao multiculturalismo e as agressões diretas a Hillary Clinton, principal adversária de candidato republicano. Uma vez no epicentro do poder, Bannon expandiu sua influência sobre decisões estratégicas, políticas econômicas protecionistas e posturas diplomáticas agressivas. Apesar de ter sido formalmente afastado do governo pouco tempo depois, sua marca ideológica persistiu, influenciando lideranças autoritárias em escala global.
O método de Bannon é um manual de guerra cultural. Com seu podcast “War Room”, ele produz diariamente conteúdos recheados de desinformação, teorias conspiratórias e slogans inflamados que incitam a descrença nas eleições, nas........
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