Um dos lados negros da Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) está a tornar-se a nova eletricidade ou mesmo o novo oxigénio das sociedades. Uma tecnologia divinizada de forma tão disruptiva que irá revolucionar o trabalho, a mobilidade, o ensino, a saúde, os negócios e a própria natureza da vida. Contudo, ao contrário das aparências, o ciclo de vida da IA não começa com matemática, algoritmos, aprendizagem profunda e redes neurais, wireless, apps, nuvem, transição digital e outras metáforas, mas com recursos naturais, energia, trabalho humano, infraestruturas públicas e privadas, logística e classificação de dados; e todas estas dimensões, sem excepção, dependem e produzem impactos materiais e territoriais insustentáveis. A IA será considerada a tecnologia mais “suja” que não tivemos qualquer remorso em desenvolver e aprofundar sem olhar uma única vez pelo retrovisor.
Não acredita? Vejamos as principais camadas materiais da “imaterialidade” da IA. A primeira camada é mineralógica. Não há computação avançada e em larga escala sem um conjunto de minerais que levaram milhões de anos para se acumular no planeta. Não há IA sem semicondutores, computadores, smartphones, internet, servidores, centros de dados, baterias recarregáveis, assistentes digitais, Large Language Models (LLM) e tecnologias adjacentes com vida útil reduzida e sem grandes ideias sobre como tratar os resíduos que se acumulam em países como Gana, China, Mongólia ou Paquistão.
Numa escala de raridade, valor para manutenção da capacidade computacional actual e agravamento de conflitos globais e problemas ambientais e sociais, temos o lítio, o níquel, o cobre e o estanho, além de minerais apenas encontrados em © PÚBLICO





















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