PHDA: estamos perante uma nova pandemia?
De certeza que já te aconteceu sentir que tens sempre muitas ideias ao mesmo tempo, que não consegues parar para descansar, que começas inúmeras tarefas e não acabas nenhuma. Ou talvez dês por ti a saltar de separador em separador no computador, a esquecer onde colocaste as chaves ou o teu telemóvel, a interromper conversas sem querer, ou a adiar coisas importantes até ao último segundo.
É natural que te identifiques com alguns destes sinais. Mas, antes de procurares um autodiagnóstico, é importante lembrar que estes sintomas podem ter várias origens: desde a hiperestimulação constante em que vivemos, às exigências do dia-a-dia (no trabalho, na família, em casa, ou perante as expectativas sociais) até a outras questões físicas ou mentais, como a exaustão, a ansiedade, o burnout, a privação de sono ou até fases de vida mais desorganizadas. A distração, a fadiga e a sensação de estar sempre a correr contra o tempo nem sempre se traduzem em PHDA.
Então vamos começar por dar resposta à pergunta inicial: a PHDA não se adquire ao longo da vida, nem se transmite de pessoa para pessoa. É uma forma de operar diferente que existe desde que o cérebro se começa a desenvolver — chamamos a........
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