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A UE e os limites da sua capacidade de expansão

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O bom funcionamento de qualquer união económica depende, em larga medida, da sua capacidade gravitacional, isto é, da força de atracção exercida por uma economia de grande dimensão que funcione como centro de gravidade dos fluxos comerciais e financeiros da união. Essa ideia é sustentada pelo modelo gravitacional do comércio internacional desenvolvido pelos economistas Elhanan Helpman e Paul Krugman. Este modelo toma como ponto de partida a verificação de que o volume de trocas entre dois países é tanto maior quanto maior for a dimensão das suas economias e quanto menor for a distância entre elas.

No caso da União Europeia, o centro gravitacional é a economia alemã, e o volume de transacções comerciais e de fluxos de capitais entre a Alemanha e os restantes países-membros é o elemento fundamental para a manutenção da estabilidade do espaço europeu. Os fluxos comerciais e financeiros bilaterais entre os restantes países também são importantes para a manutenção da coesão do espaço económico europeu, mas não conseguem compensar completamente uma diminuição acentuada da capacidade de atracção gravitacional da Alemanha, cujo peso no PIB da União Europeia anda perto de 30%.

Após a II Guerra Mundial, apesar de derrotada e dividida, a Alemanha conseguiu, em menos de vinte anos, restabelecer o seu domínio económico sobre a restante Europa Ocidental, e tal aconteceu por várias........

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