Valorizar o sistema binário: universidades e politécnicos
Não podemos, nem devemos, aspirar a ter 30 universidades clássicas no país, assim como não devemos pretender que todos os estudantes do ensino superior sigam um percurso exclusivamente teórico. Devemos, sim, reconhecer e valorizar a importância do sistema binário, que permite a cada instituição, de acordo com a sua missão e estratégia, capacitar as regiões e as empresas nelas inseridas.
A iniciativa legislativa que deu origem ao Projecto de Lei n.º 80G/XIV/2 foi fruto de um esforço conjunto dos Presidentes dos Conselhos Gerais de várias instituições, figuras de reconhecido mérito, externas às instituições, às quais foi confiada a responsabilidade de representar a sociedade civil no âmbito dos Politécnicos e Escolas não Integradas, sendo aprovado com grande maioria parlamentar.
Este processo legislativo apresenta similaridades com o que, no passado, possibilitou aos Politécnicos oferecerem cursos de mestrado. Na altura, surgiram interrogações semelhantes às que hoje se colocam. No entanto, a realidade fala por si: actualmente, os Politécnicos disponibilizam cerca de 600 cursos de mestrado, frequentados por 17.500 estudantes, e desde 2006 já diplomaram mais de 32 mil mestres. Estes números confirmam a qualidade da formação ministrada e o impacto positivo que estas instituições têm tido na qualificação dos recursos humanos.
As Instituições........
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