menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Um pacto pela floresta

7 52
previous day

A floresta portuguesa está num ponto de viragem. Ou persistimos num modelo florestal extrativista, inflamável e de baixo valor acrescentado — que empobrece os territórios, degrada os solos, esgota a água, ameaça a biodiversidade e agrava o risco de incêndios catastróficos — ou assumimos a liderança de uma reconversão florestal que se tornou um imperativo nacional.

O verão de 2025 reforçou a urgência. Já arderam quase 40.000 hectares, sobretudo no Norte e Centro. Bombeiros exaustos, meios aéreos insuficientes, calor extremo acima dos 40  graus Celsius, noites tropicais, vento imprevisível. Os incêndios deixaram de ter “época”. A floresta tornou-se frágil, vítima da combinação entre seca prolongada, abandono rural e paisagens monótonas, dominadas por eucaliptos, pinheiros, matos e exóticas infestantes. Insistir em monoculturas de rendimento rápido é condenar o país à repetição da tragédia, ano após ano.

Portugal precisa de uma nova economia florestal, mais diversa e inteligente. Uma economia que valorize produtos sustentáveis e inovadores,........

© PÚBLICO