Por uma didática integral
Escrevo com o propósito de prolongar o diálogo com o artigo de Bárbara Reis intitulado “E se deixássemos de ensinar gramática?”. Quem o tiver lido até ao fim terá compreendido que o ponto de vista da autora é mais matizado do que faz crer o título (e o destaque que se lhe segue). Para quem ler em diagonal, lá está a afirmação a iniciar o parágrafo conclusivo (e talvez a desafiar uma releitura mais atenta): “O título deste texto não é para levar à letra. Aprender menos é pior e saber a gramática é útil”.
Entretanto, alguns estragos foram sendo feitos. Reforçaram-se imprecisões e lugares-comuns: a ideia de que há gramáticas fáceis (e outras difíceis ou complicadas); a ideia de que há, nas escolas, um excesso de trabalho de natureza gramatical (o que está longe de ser uma evidência); a ideia de que toda a aprendizagem deve sempre servir (de forma direta e transparente) para alguma coisa. Sem tempo nem espaço para desenvolver as duas primeiras, fico-me pelo problema da utilidade. Será mesmo que em situação de ensino-aprendizagem tudo deve sempre servir para alguma coisa? Estou em crer que quase toda a gente – Bárbara Reis incluída – concordará que, em certo sentido, a literatura não serve para nada. E, no entanto, ninguém defenderá que, por isso, não se deve ensinar literatura.
Parece que temos aqui um problema. João Costa alinhou na mesma lógica da........





















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