Gabigol não perdeu o amor pelo futebol. É uma questão tática.
Ninguém que se torna ídolo de uma torcida como a do Flamengo se perde pelo caminho. É até curioso apontar que um jogador de 28 anos não tem mais paixão pelo futebol. As opiniões sobre Gabriel Barbosa são sempre muito peculiares e exageradas. A trajetória do camisa 9 do Cruzeiro sempre foi tão precoce que parece que ele já viveu absolutamente tudo que tinha para viver no futebol — e hoje é um veteraníssimo, à beira da aposentadoria dos gramados.
Esse é o problema de uma sociedade descartável, que muitas vezes rotula o trabalho de uma pessoa por uma fase ruim. Isso não define ninguém. Muito pelo contrário.
A questão de Gabigol, ao menos para mim, está mais ligada a uma readaptação e própria reconstrução de si mesmo dentro de novas características e funções em campo. Com as polêmicas que se envolveu na temporada passada e o banco aplicado por Tite, Gabigol tornou-se um jogador reserva, de baixa minutagem........
© O Tempo
