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O Brasil ainda desconfia de quem busca ajuda

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13.11.2025
Você se afasta dez dias do trabalho para tratar uma depressão. Na volta, percebe que já não é visto da mesma forma. A competência é a mesma, e você sabe disso. Mas o olhar dos outros mudou. Projetos deixam de chegar, sua voz pesa menos, e alguém sempre parece duvidar da sua estabilidade. É o retrato da psicofobia — o preconceito contra quem cuidou da mente, como se isso fosse um carimbo de fraqueza.

Agora imagine a mesma cena com outro desfecho: em vez de depressão, você quebrou o braço. Mesmo tempo afastado, tipoia no ombro, com direito a foto no Instagram, retorno ao trabalho. Ninguém questiona sua capacidade de decidir, pensar, liderar. A fratura é visível, incontestável. Já a depressão não deixa cicatriz aparente — e é justamente........

© O Dia