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O mundo perdeu um homem bom

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26.04.2025

Em política, há quem acredite que na hora de escolher um novo líder os eleitores optam sempre por um candidato que é o oposto daquele que está prestes a deixar o cargo. Isso verificou-se, sobretudo, nas eleições americanas. Recuando ao final do século XX, a George H. W. Bush seguiu-se o popular Bill Clinton, que por sua vez foi sucedido pelo conservador George W. Bush. A este seguiu-se Barack Obama que, depois de se tornar o primeiro afro-americano na Casa Branca abriu o caminho ao multimilionário branco Donald Trump cuja presidência foi apenas “interrompida” por Joe Biden. Todos escolhas marcadamente diferentes do antecessor.

Agora que vivemos os dias excecionais da morte de um Papa, é importante recordar que essa teoria de alternância de personalidades e políticas também é aplicada à escolha do líder da Igreja Católica por parte dos 135 cardeais com direito a escolher o futuro Sumo Pontífice. Como vários cardeais e teólogos têm recordado em jornais, rádios e televisões em Roma – e no Vaticano em especial – há um ditado que todos têm repetido: a «um papa gordo sucede um papa magro».

Por isso, para percebermos que género de líder poderá ter a Igreja Católica, fará sentido começarmos por olhar para o próprio Francisco, o papa sorridente que veio do «fim do mundo» para comandar a igreja de Cristo. Ele foi muitas coisas: o primeiro papa latino-americano, o........

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