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Porquê o pavor à palavra Inquérito?

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13.10.2025

A pública aversão à ideia de que Luís Montenegro venha a ser devidamente investigado, face às nuvens negras que não se dissipam, e que dão pelos nomes de Spinumviva e ‘casa de Espinho’, é estranhamente encabeçada pelo próprio, quando devia ser ele o maior defensor e beneficiário de um escrutínio a sério – que matasse de uma vez o assunto e fizesse prevalecer, à prova de fogo, o bom nome de um primeiro-ministro em funções. Digo-o sem ponta de cinismo, porque Montenegro se deixou sequestrar, sem necessidade, pela conotação distorcida da palavra ‘inquérito’, como se fosse uma coisa terrível que viesse beliscar a óbvia presunção de inocência e o obrigasse a alinhar pela bitola de António Costa quando se demitiu sem motivo.

Além de estranha é uma posição despudorada, para alguém que, assumindo-se como exemplo padrão de transparência, devia rejeitar o flagrante tratamento de........

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