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Quando a mulher de 71 passou a fazer parte da mobília

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05.04.2025

Marinho Peres foi um daqueles bons amigos que a morte me levou numa azáfama constante e miserável de ir esvaziando a minha vida até que o momento que me espera chegue também. E foi o Marinho que pela primeira vez me falou de João Avelino Gomes. Ou melhor, do 71. Não tenho nada contra gente que adota ter números em lugar de nomes, nem mesmo anagramas, afinal Cristo foi simplesmente XPTO e o universo não se deixou abalar por isso. Por seu lado já tenho tudo a favor de todos aqueles que me impelem a escrever uma crónica. Dizia o Marinho: «O 71 era um cara de pavio curto. Arranjava sempre confusão. Muitas vezes tive de ser eu a apartá-lo». Pois bem, o folclórico João veio lá de Andradas, Poço das Caldas, Minas Gerais, onde nasceu em 1929. Veio primeiro para oRio de Janeiro, ainda um jovenzinho, depois andou a saltitar de um lugar para o outro como se fosse um gafanhoto e deixando marcas aqui e ali como outro gafanhoto. Estudou no SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e, como acontece a todos nós quando........

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