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Que se implementem urgentemente os círculos uninominais

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tuesday

Tal como já mencionei em artigos anteriores, é crucial que a Sociedade Civil assuma as suas responsabilidades pelo baixíssimo nível da nossa Democracia. Para o elevarmos, os partidos políticos têm de implementar a reforma da Constituição estabelecida em 1997 e que instituiu a possibilidade de serem criados círculos uninominais para a eleição de deputados à Assembleia da República. Círculos uninominais, onde em cada círculo é eleito, por voto direto dos eleitores, o candidato mais votado. A sua implementação é fundamental para aproximar os eleitores aos candidatos a deputados no seu círculo uninominal.

É a Sociedade Civil que tem de dar indicações claras aos partidos, de que apoiará os que se comprometerem a alterar a referida Lei Eleitoral, introduzindo os círculos uninominais que a Constituição já permite há muito, desde o importantíssimo acordo estabelecido por António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa. Por isso os partidos que não apoiassem essa alteração à Lei Eleitoral deveriam ser fortemente penalizados pelos eleitores. É evidente que é esse o caminho que temos de seguir! 

São os candidatos por cada círculo uninominal que devem ouvir os seus Eleitores sobre as prioridades de actuação do governo da Nação. E os candidatos têm de lhes mostrar trabalho, defendendo essas prioridades junto dos outros deputados na Assembleia da República e junto dos membros do governo, porque só assim continuariam a garantir a preferência dos Eleitores do seu círculo uninominal.

É, portanto, a estes candidatos e aos eleitos pelos círculos uninominais, que os Eleitores devem manifestar as suas preocupações e com eles debaterem:

– Soluções imprescindíveis para o aumento do crescimento económico do país.

– Soluções para se reduzirem os elevados níveis de corrupção que continuam a persistir ou até mesmo a aumentar no nosso país.

– A grave ameaça para a nossa importante indústria criada pelos investimentos em linhas ferroviárias em bitola ibérica, que vão potenciar a deslocalização de importantes unidades industriais para países como Espanha, que se está a ligar ao Centro da Europa através de linhas ferroviárias em bitola europeia. Os passageiros e as mercadorias transportados em linhas ferroviárias em bitola ibérica são obrigados a dispendiosos e demorados transbordos no país vizinho. A candidatura portuguesa de 955 milhões de euros para a ferrovia acaba de ser chumbada pela União Europeia. Será que nem com isso os nossos governantes compreenderão os gravíssimos erros que estão a cometer? 

– A falta de apoio dos sucessivos governos às grandes empresas industriais, sobretudo às exportadoras que pagam melhores salários e que têm sido marginalizadas, situação lamentável num país em que as exportações têm de passar de 50% para 80% ou mesmo 100% do nosso PIB.

– A........

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