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‘O importante é o ostracismo’, diz Laerte sobre julgamento de Bolsonaro

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22.09.2025

Criadora de tiras e reflexões afiadas, Laerte Coutinho é uma das maiores referências no humor gráfico brasileiro e voz essencial na leitura crítica do país. Aos 74 anos, a chargista, caricaturista e cartunista que impactou gerações com seu traço diz, no entanto, ter se livrado da obrigação de ser engraçada: “o humor não é só risadas o tempo todo”.

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“Eu não sei exatamente o que está acontecendo com o humor. Às vezes fico perdida e começo a experimentar”, disse em uma conversa franca com o Papo Amado, programa de entrevistas do canal Amado Mundo, no YouTube.

Laerte também revelou detalhes do seu processo criativo, lembrou conselhos que moldaram sua carreira, refletiu sobre o envelhecer — com o qual, confessou, não lida bem — e comentou o julgamento de Jair Bolsonaro e militares por tentativa de golpe de Estado.

A seguir, os principais trechos da entrevista. Assista à íntegra em vídeo ao final do texto.

Como começou a desenhar?

Como toda criança, meus irmãos e irmãs desenhavam. Uma hora o desenho começou a se tornar mais significativo, pessoal e importante. Mas eu não entendia como profissão.

Quando virou essa chave?

Eu estava na faculdade com a ideia de fazer música. Mas eu desenhava o tempo todo e um professor me convenceu, ao dizer que era a minha expressão principal. Pediu que eu visse a área como algo mais sério. Eu perguntei se seria uma música ruim e ele disse que não necessariamente, mas desenhando eu seria feliz. Entendi o que ele queria dizer. Acho que foi um dos grandes conselhos que tive na........

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