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Retrato de um juiz criminoso

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Mais uma família brasileira, entre milhares, está sendo destruída pelo Supremo Soviete Federal: Gisele Alves Guedes de Moraes acaba de ser condenada a 14 anos de prisão. A cantora e jornalista de 38 anos, moradora de Planaltina–DF, é mãe de sete filhos (dois adolescentes e cinco crianças, entre eles um bebê de um ano) e tem sérios problemas de saúde. Como na maioria esmagadora dos casos de 8 de janeiro, não existe nenhuma prova contra ela. Simplesmente, Gisele estava na hora errada e no lugar errado.

Por algum motivo, o caso de Gisele me faz pensar novamente em outra corte judicial, que funcionou na Alemanha nacional-socialista de 1934 a 1945. Refiro-me ao Tribunal do Povo (Volksgerichthof), presidido pelo juiz Roland Freisler (1893-1945).

No Tribunal do Povo, Freisler tornou-se conhecido por julgar crimes políticos contra o regime. Entre 1942 e 1945, ele proferiu mais de 5 mil sentenças de morte. Era um juiz implacável: mais de 90% dos réus que passavam por ele eram condenados à pena máxima. Frequentemente as sentenças estavam prontas antes dos julgamentos.

A história de Freisler é bastante curiosa. Ele lutou na Primeira........

© Gazeta do Povo