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Quem defende Moraes não é jornalista

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Seis meses e dez dias depois de reassumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por meio da Lei Magnitsky. E ele pode ser apenas o primeiro dos atingidos no Brasil pelas medidas que representam uma “pena de morte financeira” para os sancionados. A notícia, claro, passou a ser assunto único em quase todos os veículos de comunicação... Depois do anúncio das sanções na última quarta-feira, já no fim do dia, resolvi ligar a televisão na Globo News... Em meia hora apenas, eu já tinha reunido absurdos para escrever três ou quatro artigos, e não apenas um. Digo isso com a tristeza de quem trabalhou por 25 anos na Rede Globo (20 no Rio e 5 na afiliada em Santa Catarina) e, nesse período, foi, durante cinco anos, apresentador exatamente da Globo News.

Era outro canal, fazíamos jornalismo de verdade. Com Evandro Carlos de Andrade no comando da Central Globo de Jornalismo e Alice-Maria Reiniger como diretora da Globo News, os fatos ainda importavam. Tudo era bem apurado, todos os lados da história eram ouvidos. Não havia espaço para narrativas, para mentiras, para militância. A emissora não tinha interesses escusos, só vendia espaços comerciais, nada além disso. Seu objetivo era contar histórias reais, fidedignas, relevantes da melhor forma possível. Infelizmente, já não é possível reconhecer mais nada do que foi construído com tanto empenho pelo jornalista Roberto Marinho. Ele, certamente, não permitiria que o projeto que começou quando já tinha passado dos 60 anos de idade fosse destruído de modo tão vil e sumário.

Mentir e omitir, é esse o modo básico de ação da imprensa que se matou

Os “jornalistas” da Globo News consideraram uma “aberração” a inclusão de Alexandre de Moraes na lista dos sancionados pela Lei........

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