Senado e Câmara divergem sobre dosimetria e relação com o Supremo
O arquivamento sumário da PEC da Blindagem pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deixou o deputado Paulinho da Força (SD-SP), relator do PL da Dosimetria, pendurado no pincel, para usar um velho jargão sindical. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia planejado votar a proposta já na próxima terça-feira, com o mesmo rolo compressor que aprovou a PEC, mas as grandes manifestações de protesto contra a proposta e a recusa do Senado de endossá-la desorganizou o bloco da impunidade.
Para Paulinho, nem na quarta-feira (31) a proposta será votada. Tudo dependeria de um acordo com Alcolumbre, que não dá sinais de querer tratar do assunto por ora. “Precisamos resolver com o Davi (Alcolumbre). Só dá para dizer ‘vamos votar’ quando estiver acertado com o Senado”, disse Paulinho. Estava prevista uma reunião de ambos e Motta, mas foi desmarcada.
Nos bastidores, o diagnóstico é de que houve quebra de confiança entre os dois chefes do Parlamento. Alcolumbre, que preside o Congresso e tem a prerrogativa de promulgar emendas constitucionais, está muito insatisfeito com o fato de a Câmara ter atropelado os senadores ao aprovar a urgência do PL da Dosimetria, um assunto que estava sendo discutido no Senado.
A iniciativa de transformar a Anistia no PL da Dosimetria foi........
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