Cabo de guerra pela superfederação
Ainda que manifestando descrença em relação à candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) ao governo de Minas, o grupo político do governador Romeu Zema (Novo) tem estratégia alinhavada para barrar qualquer eventual movimento de filiação de Pacheco ao União. O senador tem a opção de permanecer no PSD e convites das direções nacionais para se filiar ao MDB e ao União. A hipótese de Pacheco migrar para o União é classificada como “tragédia” pelos estrategistas da campanha de Mateus Simões (Novo). Mas eles já têm o antídoto: se isso ocorrer, também o vice-governador se filiaria ou ao PP ou ao União, assim, vinculando-se à superfederação. “O novo estatuto da federação é claro em apontar que governador no exercício do mandato que concorre à reeleição tem o comando da federação no estado”, diz um interlocutor.
Mateus Simões assumirá o governo do estado com a desincompatibilização de Romeu Zema às vésperas de abril de 2026, tornando-se candidato à reeleição. Por essa lógica, teria o controle da federação em Minas. O movimento já ensaiado tem por propósito impedir que Rodrigo Pacheco, se candidato, opte pelo União como destino partidário, carreando para a sua campanha mais de um quinto do horário de antena e do fundo eleitoral.
A eventual candidatura de Rodrigo Pacheco ao Palácio Tiradentes – ainda não definida, mas em processo de decantação com alta probabilidade de ocorrência – tem potencial para trazer inconvenientes políticos à construção das alianças em torno de Mateus Simões.
Sob a perspectiva política, Pacheco – um perfil de centro-direita moderada – transita no sistema político da direita democrática à esquerda, com força gravitacional bastante para colocar num mesmo palanque velhos adversários como a Federação PT, PcdoB e PV, o novo partido em formação PSDB-Podemos, além do MDB, do Cidadania, entre outras legendas menores.
Sob a perspectiva eleitoral, a candidatura de Rodrigo Pacheco operaria como um muro de arrimo à........
© Estado de Minas
